terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O que eu achei 04: Jogos Vorazes


Eu acho que andei suspeitando de muitos livros este ano. Com receio de não gostar, de ser uma perda de tempo e de dinheiro. Afinal de contas eu que tinha tanta dificuldade de escolher os títulos que gostaria de ler agora estou com uma lista que não para de crescer.
Jogos Vorazes foi mais um dos livros que, principalmente por estar na moda entre a blogosfera eu não queria ler. Mas o filme chegando e os elogios por parte de certas pessoas e uma boa promoção me fizeram arriscar.
E foi um tiro certeiro, devorei o livro em alguns dias e me segurei para não ler a continuação logo em seguida. Por quê? Porque a história toda é muito intensa.

A autora foi muito feliz na escolha da forma da narrativa e no desenvolvimento dela. A história mesmo não sendo de toda original foi muito bem desenvolvida e mesmo um assunto tão bizarro como assassinato de adolescentes por adolescentes te prende, te faz torcer. Eu não assisti a Battle Royale, que possui os mesmos princípios básicos de Jogos vorazes até onde pude ver, mas de certa forma a versão japonesa parece ainda mais assustadora e bizarra, mas deve ser por que eles têm um pouco mais de prática em histórias aterrorizantes. O que não me agrada muito não. Já a descrição e desenvolvimento dos sentimentos em Jogos Vorazes trazem o alívio e a humanidade necessária a sanidade dos personagens.
O foco central são os jogos, mas toda a preparação pré-jogos, que levou várias boas páginas, montou perfeitamente o cenário e as motivações. Não entendi as criticas aos sentimentos da protagonista que se desenvolviam e também não achei nada incoerente ou forçado. Afinal de contas não é todo dia que um adolescente é posto de frente a tamanho stress que o leve a atitudes e sentimentos extremos. É como tentar prever sua reação diante a um assalto. Você imagina que não vai reagir, mas quando vê já pisou no acelerador tentando salvar seu carro, sua bolsa, sua vida.
A imobilidade perante uma força governamental autoritarista também é explorada sem ser enfadonha. A descrição dos outros “tributos”, e até mesmo quando não tínhamos a descrição completa deles. É realmente crível que sejam os pensamentos de uma menina ainda muito jovem para sofrer tudo o que sofreu na vida e ser levada a sofrer ainda mais.
Por tudo isso eu precisei respirar e decidir ler algo mais leve antes de voltar a todos aqueles sentimentos. Mas a mente ainda está trabalhando. Pois afinal o que acontece depois?????

Nenhum comentário:

Postar um comentário