Eu acho que andei suspeitando de muitos livros este ano. Com
receio de não gostar, de ser uma perda de tempo e de dinheiro. Afinal de contas
eu que tinha tanta dificuldade de escolher os títulos que gostaria de ler agora
estou com uma lista que não para de crescer.
Jogos Vorazes foi mais um dos livros que, principalmente por
estar na moda entre a blogosfera eu não queria ler. Mas o filme chegando e os
elogios por parte de certas pessoas e uma boa promoção me fizeram arriscar.
E foi um tiro certeiro, devorei o livro em alguns dias e me
segurei para não ler a continuação logo em seguida. Por quê? Porque a história
toda é muito intensa.
A autora foi muito feliz na escolha da forma da narrativa e no
desenvolvimento dela. A história mesmo não sendo de toda original foi muito bem
desenvolvida e mesmo um assunto tão bizarro como assassinato de adolescentes por
adolescentes te prende, te faz torcer. Eu não assisti a Battle Royale, que possui
os mesmos princípios básicos de Jogos vorazes até onde pude ver, mas de certa forma
a versão japonesa parece ainda mais assustadora e bizarra, mas deve ser por que
eles têm um pouco mais de prática em histórias aterrorizantes. O que não me
agrada muito não. Já a descrição e desenvolvimento dos sentimentos em Jogos Vorazes trazem o
alívio e a humanidade necessária a sanidade dos personagens.
A imobilidade perante uma força governamental autoritarista
também é explorada sem ser enfadonha. A descrição dos outros “tributos”, e até
mesmo quando não tínhamos a descrição completa deles. É realmente crível que
sejam os pensamentos de uma menina ainda muito jovem para sofrer tudo o que
sofreu na vida e ser levada a sofrer ainda mais.
Por tudo isso eu precisei respirar e decidir ler algo mais
leve antes de voltar a todos aqueles sentimentos. Mas a mente ainda está
trabalhando. Pois afinal o que acontece depois?????
Nenhum comentário:
Postar um comentário